Vivo num País perigoso
O capital tornou-se mafioso
Meu amigo, inimigo inescrupuloso
Sexo na tv, mal vicioso
As cidades transmitem medo
Hospitais cheios desde bem cedo
Ladrões passeiam pelas ruas tranqüilos
Pessoas indefesas, olhares intranqüilos
Até quando seremos usados?
Todos inventam planos cansados
Mortes impunes, peixes vazados
Cidadãos no limite da podridão
Mundo espiritual pode ser a solução
Pra pagarmos nossos pecados com o irmão
Este cantinho tornou-se especial
Minha inspiração aqui flui legal
Os ouvidos ignoram falas ao redor
Concentrado, esqueço um fato menor
Esta bebida excita a sagaz mente
Pensamento, um sinônimo especial
Drinks espertos, fator quente
Viajo nas letras, vou a Portugal
Camões! Fernando é ótima pessoa
O invólucro protege, sensação boa
Caneta discreta que escreve à toa
Salientes palavras, tudo é natural
Devargazinho me apaixono pelo local
Fiz um patrimônio, escrevendo no tal
A inveja nefasta destrói os chulos picaretas
Imagens nebulosas, máquinas obsoletas
Os vermes podres circulam nas sarjetas
Mentes destruídas, palavras caretas
É verdadeira uma retórica de guerra
Iniciada pelos pseudo-amigos leais
Através da inércia vivida no Planeta Terra
São coadjuvantes de atitudes ilegais
Manipulados pela mídia violenta, passional
Transgressão de regras, censura funcional
Estão enjaulados numa gaiola natural
Dinheiro contribui com o crime normal
Indústria capitalista cresce com o mal
Inocentes crianças com armas na mão
São vítimas estagnadas pelo poder imoral
Proliferação de bandidos, guiados pelo ladrão
Turqueza - riqueza e suavidade
Gentileza - depende da idade
Certeza - paradoxo da saudade
Realeza - esconde uma maldade
Salão - lembranças do bordel
Canhão - guerra, tiros no céu
Mamão - tetas com mel
Cartão - saudades do corcel
Cerol - agarra um canil
Mentol - sabor de anil
Formol - perigo anti-servil
Anzol - laça aquele funil
Mar - liberdade, descontração
Calar - expressar indignação
Amar - viver grande paixão
Cantar - espantar males da sessão
Alguns políticos roubam do povo
Parece a sina deste grande País
Armam falcatruas, forjam um comboio
Nada acontece, criança infeliz
Nem com o voto se resolvem os problemas
São milhões de pobres com algemas
Drogas, insegurança, tiros pelas ruas
Assaltos, seqüestros, vida de amarguras
Estamos no limite da escuridão
Pensamos no filho, futuro do cidadão
Encontra esta guerra sem solução
A tv é complacente com sua programação
Horror nos espera brevemente
Lutaremos sozinhos bravamente
Chegamos ao caos politicamente
Precisamos nos unir urgentemente
Parado na dor
Embriagado no amor
Calado com furor
Malvado - olhos de horror
Perdido - tétrica solidão
Partido - violenta situação
Falido - tempo pro sertão
Sabido - morte do anão
Comprimidos antidepressão
Divulga sua religião
Xinga o amigão
Sorri para o espião
Ignora uma multidão
Inventa toda fundação
Organiza o paredão
Vende sua decisão