Mazza Edições
1ª. Edição - 2004
Primeira obra literária individual do compositor/poeta/músico Neo Gêmini. São poemas com temas diversos, que mostram os 20 e poucos anos de convivência do escritor na capital mineira, onde reside desde 1983. São amores, paixões, memórias eternas, amizades, encontros musicais, culturas complexas, reais e instantâneas do mundo contemporâneo. E também algumas idéias lúcidas para reflexões, num século infinito e humano, com mensagens de valorização do ser humano e a necessidade de encontrarmos a Paz.
Foi lançada oficialmente no dia 13/Agosto/2004, uma sexta-feira, no 5º. Salão do Livro e Literatura, evento que aconteceu na Serraria Souza Pinto, Belo Horizonte, com a presença de amigos, familiares e admiradores do poeta. Ele autografou a obra no stand da Editora Mazza Edições.
Em Alvinópolis, terra natal de Neo Gêmini o livro foi lançado no dia 25/Setembro/2004, um Sábado na Churrascaria Nick's Bar, onde o poeta recebeu seus conterrâneos e amigos. Uma noite para também ser lembrada pela cultura da cidade.
O livro vem tendo uma crítica positiva da imprensa em Minas. Alguns poemas já foram até publicados em jornais da capital. Alguns de cunho político/social trazem críticas reais e consistentes a respeito da podridão do mundo moderno.
Esse livro, juntamente com "No mundo com as mulheres" foram relançados em Belo Horizonte, no dia 23/Maio/2005 na Livraria "Letras e Expressões" - Posto pra Ler, na Av. Rio Grande do Norte, esquina com Getúlio Vargas, com uma exclusiva canja dos músicos Ronaldo Lauria e também Neo Gêmini e a presença de Marcos Martino, Luís Coringa e também da vereadora de Alvinópolis Ana Paschoal.
A relação entre a poesia e a letra de música sempre foi muito próxima. Castro Alves, Fernando Pessoa, Manuel Bandeira, Cecília Meirelles e Carlos Drummond de Andrade, por exemplo, tiveram vários poemas musicados. Outros, essencialmente poetas, como Vinícius de Moraes e Ferreira Gullar, com aguda afinidade, enveredaram pelo cancioneiro popular, letrando melodias de grandes compositores, nacionais ou não. Alguns mais, originalmente letristas, caso de Antônio Cícero, Abel Silva, Aldir Blanc e Fernando Brant, saltaram com enorme vigor para o sucesso na literatura como poetas ou cronistas.
É por essa última trilha que caminha Neo Gêmini, já nos anos 80 instrumentista, compositor e também letrista do Grupo Verde Terra, nascido, como o autor, em Alvinópolis, MG. Posteriormente em Belo Horizonte, anos 90 até hoje, ele continuaria seu percurso como letrista em bandas como Católicos Protestantes e Pau com Arame. Forjado nessa seara, logo ele integraria duas coletâneas poéticas, Século Agonizante, de 1999, e No mundo com as mulheres, de 2002, com outros dois poetas.
Cumprido esse percurso básico, Neo Gêmini busca agora, com este livro de poesias, um espaço próprio na literatura mineira, muito embora as recorrentes lembranças musicais ("Um acorde lindo, domingo caseiro"; "Carentes (...) dançam uma valsa"; Saber cantar, esquecer minha metade partida" ou "Música, combustível necessário").
Perspicaz ele repassa e repensa poeticamente suas relações com o cotidiano nesse lado do Ocidente, não fora este "um caos eloqüente"; otimista, mergulha nele e rompe propondo "abaixo as máquinas, computadores e motores/acima os sonhos, utopias, toda criação"; e incisivo, aponta e sustenta que "não importa o passado escrito/a linha almejada surgirá no grito".
Tudo porque em seu fazer literário estão presentes a inquietude e a esperança, perpassadas em forte poesia, que o leitor identificará com certeza em cada página deste livro.
Por Frederico Ozanam Barcelos, cronista e professor universitário